O IFRN e a Embrapa Solos lançaram
no dia 30/10/2014 na galeria de artes do Campus Natal-Cidade Alta, o livro “Biocombustíveis Sólidos – Fonte
energética alternativa visando à recuperação de áreas degradadas e à
conservação do Bioma Caatinga”. A obra, que tem como Editor Técnico o
Engenheiro e Pesquisador Silvio Roberto de Lucena Tavares, parte do estudo da
realidade da região do Baixo-Açu potiguar, uma das áreas com os piores índices
de desenvolvimento humano do país, a qual se encontra em franco processo de
desertificação.
Com base nessa realidade, o livro
propõe a produção de biocombustíveis sólidos (briquetes e pellets) a partir de
matérias-primas na maioria das vezes desperdiçadas e que possam ajudar a
amenizar o impacto causado no meio ambiente por atividades humanas. Ainda desconhecidos pela maior parte da
população brasileira, esses biocombustíveis já começaram a ser produzidos em
larga escala em alguns estados do país, em especial nas regiões Sul e Sudeste.
De acordo com o editor técnico do
livro, o pesquisador da Embrapa Solos, Sílvio Tavares, o briquete é uma opção à
lenha utilizada em fornos de padarias, pizzarias e na indústria cerâmica, que
possui uma grande participação na economia do Rio Grande do Norte. Atualmente,
a maior parte da lenha usada como fonte de energia é extraída da mata nativa,
agravando o quadro de desertificação em vários pontos do Estado.
No caso do Baixo-Açu potiguar, o consumo de
lenha e carvão vegetal nas residências, padarias, queijarias, churrascarias e,
sobretudo, nas fábricas de cerâmica vermelha nos nove municípios do Baixo-Açu
beneficiados pelo Projeto, foi estimado em 570.000 mil m³ ou 119.684,50
toneladas em 2012, o que equivale à devastação de uma área de 3.799,5 hectares
ou 5.427,86 campos de futebol oficiais, gerando desertificação e degradação da
caatinga potiguar
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